O corpo da auxiliar de gráfica Emyli Kelli de Mello, de 28 anos, foi encontrado com marcas de estrangulamento, lesões cortantes no pescoço e rosto e sangramento nasal por volta das 19h deste sábado, 15, no banheiro do apartamento onde morava, no Residencial Palestra, em Rio Preto. A Polícia Militar, que foi acionada para um caso de suicídio, acabou prendendo em flagrante por feminicídio o marido da jovem.
Quando a viatura da PM chegou no endereço encontrou o Resgate do Corpo de Bombeiros e socorristas da USA (Unidade de Suporte Avançado). O acusado, de 39 anos, estava deitado nas escadas, chorando e com comportamento exaltado.
Ele se mostrou confuso e desorientado, passando informações contraditórias e imprecisas, sem conseguir relatar com clareza o que tinha acontecido, segundo o boletim de ocorrência registrado no Plantão Policial.
Um primo da vítima disse que havia saído para comer um lanche na frente do condomínio e quando voltou os fatos já tinham acontecido. Segundo a testemunha, estava morando no apartamento há um mês e o casal bebia e brigava muito.
Moradores e vizinhos do prédio informaram que, com frequência, o casal protagonizava discussões acaloradas e que nesta data ouviram gritos, insultos e barulho intenso de portas sendo quebradas.
Emyli foi achada em decúbito dorsal, no interior do box, perto da janela, com o nariz sangrando, lesão no lado direito do maxilar e marca de enforcamento no pescoço provavelmente causada por fio.
Os pms observaram que no banheiro havia um cadarço de tênis, fino e preto, pendurado intacto na janela. Foram identificadas manchas de sangue espalhadas pelo banheiro, na bancada da cozinha, na pia e em uma tampa de panela que estava dentro da pia, além de uma faca.
Durante o atendimento da chamada, o suspeito tentou entrar o apartamento e seguir para o banheiro, desobedecendo ordens e tentando investir contra os bombeiros. Os policiais aplicaram uma chave cervical para imobilizá-lo, garantindo segurança da equipe e preservação do local do crime.
O marido da vítima passou por exame ungueal, pois tinha sangue embaixo das unhas. Havia sangue também na porta e do lado de fora uma marca de soco, sem sinais aparentes de arrombamento.
A delegada plantonista confirmou o flagrante por feminicídio por julgar incompatíveis os indícios com suicídio e solicitou à justiça a conversão em preventiva. Para ela, o caso é de evidente violência doméstica e familiar contra a mulher. O indiciado, que já possui passagem por lesão corporal no âmbito de violência doméstica, foi levado para a carceragem da Delegacia Seccional, onde aguardará audiência de custódia.
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