Chegou aquele período curioso — e previsível — em que Fernandópolis volta a ser lembrada por figuras políticas que, durante quase todo o mandato, sequer pronunciaram o nome da cidade. Deputados que nunca destinaram um centavo para cá, que nunca apresentaram um projeto em benefício da nossa região, começam a desembarcar como se sempre tivessem feito parte da nossa rotina. São os chamados “paraquedistas eleitorais”, que aparecem de quatro em quatro anos, sempre com uma boa história, um aperto de mão e muitas promessas.
Na última semana, tivemos a visita de um deputado federal. Nada contra ele pessoalmente — mas politicamente, é importante lembrar: não há registro de nenhum recurso enviado por esse parlamentar a Fernandópolis. Durante três anos de mandato, sua atuação por aqui foi nula. Agora, às vésperas de mais uma eleição, sua presença repentina levanta dúvidas legítimas sobre intenções e propósitos.
Mais preocupante do que o próprio “voo rasante” desses candidatos é perceber quem os convida para pousar. A responsabilidade pelos paraquedistas não é apenas deles próprios, mas também — e principalmente — de quem os traz para cá. São aqueles que se apresentam como líderes comunitários, religiosos ou de bairros, mas que, muitas vezes, estão olhando apenas para o próprio umbigo. Estão em busca de benefícios pessoais, seja um cargo, uma promessa, uma vantagem eleitoral ou até mesmo um favor financeiro. Não é exagero: em muitos casos, o interesse do povo fica em último plano.
É verdade que muitos deputados de fora ajudam Fernandópolis com emendas, recursos e atenção constante, mesmo sem vínculos eleitorais diretos com o município. Isso mostra que não é obrigatório votar em um candidato “da terra”. O que é necessário — e urgente — é votar em quem tem histórico, em quem já fez, em quem está presente não só em época de eleição.
A temporada dos paraquedistas está oficialmente aberta. Eles vêm, pousam, pedem voto e, muitas vezes, somem. Mas a responsabilidade de recebê-los ou não é nossa. E mais ainda: a responsabilidade de não sermos enganados novamente é totalmente nossa.
Portanto, fica o alerta aos eleitores de Fernandópolis: em 2026, vote com consciência. E vote com memória. Vamos apoiar quem nos apoia. Vamos dar atenção e nosso voto a quem realmente dá atenção para a nossa cidade.
E que bons ventos levem para bem longe esses paraquedistas. Fernandópolis não é trampolim de carreira. É cidade de gente atenta, de gente que valoriza quem está presente. Vamos lembrar disso nas urnas.
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