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Artigo OLHAR DO INTERIOR

A polarização precisa de trégua — e Fernandópolis deu o exemplo

Fernandópolis é maior que partidos políticos e está precisando de união

02/05/2025 13h59
Por: Claudio Ferreira Fonte: Claudio Ferreira
A polarização precisa de trégua — e Fernandópolis deu o exemplo

Falar de política em 2025 é, inevitavelmente, falar de polarização. No Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e, por que não dizer, aqui mesmo, no coração do Noroeste Paulista. A divisão ideológica se tornou a lente pela qual muita gente enxerga o mundo — e infelizmente, isso tem travado avanços importantes.

Fernandópolis não está imune a esse cenário. Nos últimos anos, vimos crescer o clima de disputa entre grupos políticos que, em tese, deveriam estar unidos por um propósito maior: o bem da cidade. Mas, nesta semana, um gesto chamou a atenção e acendeu um ponto de esperança.

O que aconteceu? Um grupo formado por oito vereadores esteve em Brasília em busca de recursos com o deputado federal Fausto Pinato — um gesto de rotina institucional. O que tornou a ação emblemática foi a presença do prefeito João Paulo Cantarella na comitiva.

E qual o problema nisso? Nenhum. Na verdade, foi um acerto.

Cantarella, filiado ao PL, venceu nas urnas em 2024 contra um adversário apoiado diretamente por Fausto, que é do PP, sigla de centro atualmente alinhada ao governo Lula. Desde a eleição, o que se viu foi uma série de episódios que reforçaram a sensação de uma guerra fria local, entre apoiadores, políticos e militantes. A polarização nacional se refletiu nas esquinas da cidade.

Mas agora, ao que tudo indica, Cantarella e Fausto resolveram erguer uma bandeira branca. Um gesto simbólico e concreto, que deveria servir de exemplo para outros gestores: quando se trata do interesse coletivo, ideologia deve ceder espaço ao pragmatismo.

Fernandópolis precisa — e muito — de apoio federal. Fausto, como deputado com trânsito em ministérios, secretarias e até no STF, pode abrir portas que sozinhos os gestores locais não conseguiriam arrombar. Cantarella, por sua vez, tem experiência de sobra e sabe que governar é, antes de tudo, negociar.

Claro, há os que torceram o nariz. Aqueles que vivem da tensão, que alimentam o embate constante. Mas a população, que não vive de siglas e sim de resultados, deve enxergar neste gesto o que ele é: uma trégua necessária. Um pacto temporário ou duradouro, tanto faz, desde que os frutos sejam reais.

Que essa atitude sirva de alerta a todos os envolvidos na política local: não há tempo a perder com picuinhas eleitorais. O que está em jogo é maior do que qualquer ego. E o povo de Fernandópolis — esse sim, de direita, centro ou esquerda — merece ver a cidade crescer.

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Fernandópolis foi fundada em 22 de maio de 1939. Em 1938, Carlos Barozzi fundou o patrimônio que levou seu nome, mais tarde denominado Brasilândia. Próximo a este núcleo, Joaquim Antônio Pereira determinou o levantamento topográfico de uma área destinada à implantação do patrimônio Vila Pereira, tendo erguido um cruzeiro em 1939, e construído uma capela, mais tarde demolida para construção da Igreja matriz. Em 1943, as vilas receberam a visita do interventor federal Fernando Costa.
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