O pronto-socorro onde a médica de 25 anos foi esfaqueada em Irapuã (SP) estava sem vigia no dia do crime. A informação foi confirmada pela Diretora Municipal de Saúde nesta segunda-feira (23). O crime ocorreu na madrugada de domingo (22). Ricardo Vagner Alves Alamino, de 40 anos, foi preso horas depois.
A diretora Elisângela Cristina Carrega explicou, em entrevista à TV TEM, que além da porta principal, o pronto-socorro possui portas laterais que facilitaram a entrada do suspeito.
"Essas portas laterais são usadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ela estava aberta, sem segurança. Por conta disso, ele conseguiu entrar," explica.
O vigia que estaria de plantão no dia do ocorrido avisou, próximo ao horário de trabalho, que estava passando mal e não conseguiria trabalhar. De acordo com a diretora, a prefeitura tentou um substituto, mas não conseguiu outra pessoa que pudesse exercer a atividade naquela ocasião.
A Prefeitura de Irapuã disse que está em contato, presta toda assistência e suporte necessários à médica. Esclareceu, ainda, que os vigias que atuam na unidade de saúde não são armados. Eles são contratados por uma empresa terceirizada prestadora de serviços ao município.
Segundo o pai da vítima, ela está bem e não corre nenhum risco, até a última atualização desta reportagem.
O paciente que estava sendo atendido pela médica disse que ficou assustado ao presenciar o crime.
Entenda o crime
De acordo com a Polícia Civil, por volta das 2h40 de domingo, Ricardo Alamino entrou no consultório, agarrou a médica no pescoço, a jogou no chão e, depois, deu as facadas. A faca, inclusive, chegou a quebrar ao meio por conta da agressividade dos golpes.
A médica foi atingida por cinco golpes, sendo que um deles perfurou o pulmão dela. Devido à gravidade dos ferimentos, a mulher precisou ser transferida para o Hospital de Base (HB), em São José do Rio Preto (SP), onde passou por cirurgia para conter uma hemorragia interna.
O suspeito fugiu logo após atacar a vítima, mas foi preso na casa dele pela Polícia Militar. Na delegacia, ele não quis se manifestar e se manteve calado. Nesta segunda-feira (23), após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva.
Segundo o boletim de ocorrência, Ricardo ainda arremessou uma pedra contra a cabeça de outro homem, antes de chegar ao pronto-socorro.
A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio, com recurso que dificultou a defesa da vítima e traição, e tentativa de feminicídio. A motivação do crime é investigada.
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